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As TICs na educação

A transformação da escola tornou desnecessário possuir a informação exata no cérebro, e permitiu caracterizar o desenvolvimento das competências para processar, interpretar e argumentar.

Texto traduzido pela equipe Conectar Educadores

Texto Original: Análida Beatriz Carvajal Monterrosa Barranquilla, Colombia. IBERCIENCIA.

A escola tradicional foi muito eficaz em formar indivíduos obedientes, cumpridores e adequados para realizar trabalhos mecânicos e repetitivos. Atualmente, a profunda transformação da escola tornou totalmente desnecessário possuir a informação exata no cérebro, e permitiu caracterizar no processo educativo o desenvolvimento das competências para processar, interpretar e argumentar.

Lendo alguns autores, vemos que estes questionavam acerca de como a escola tradicional deu respostas às necessidades e requerimentos das sociedades agrárias e industrializadas. Ensinou a ler e a escrever em nível elementar, difundiu normas básicas de ortografia e cidadania e garantiu o manejo dos algoritmos aritméticos essenciais; mas por trás desse programa encoberto, seu verdadeiro papel essencial consistiu em formar os empregados rotineiros que trabalharam nas empresas e instituições.

TICs

Escola que não formava indivíduos criativos, nem desenvolvia nas crianças e jovens a inteligência prática, a análise, o conhecimento de si mesmos e a argumentação, mas foi muito eficaz em formar indivíduos obedientes, cumpridores e adequados para realizar trabalhos mecânicos e repetitivos.

Também, a escola tradicional se tornou obsoleta nas últimas décadas frente às sensíveis mudanças sociais, econômicas e politicas vividas a nível mundial. A sociedade se tornou global e interconectada, o mundo se flexibilizou e se diversificou, e cada vez de mais. Essas profundas transformações conduziram diversos sociólogos, políticos, economistas e administradores a pensar que poderíamos estar ante o nascimento de uma nova etapa na vida humana.

Alguns autores falam de uma terceira onda, de uma sociedade do conhecimento. Muitos outros têm falado de uma sociedade da informação.

O certo é que estamos diante de processos complexos e diversas modificações da vida econômica, política e social. Também, nenhum deles destacou o que poderia ter maior incidência no sistema educativo. Criou-se uma sociedade que encontrou múltiplas formas de arquivar a informação fora do cérebro humano. Hoje se guarda informação em celulares, meios magnéticos, satélites, livros, redes, discos rígidos, GPS e calculadoras, entre outros. Praticamente todas as canções podem ser encontradas no YouTube e quase todas as revistas e jornais podem ser consultados pela rede. É uma sociedade que possui uma rede quase ilimitada de circulação de arquivos e textos.

Esta profunda transformação tornou totalmente desnecessário possuir a informação exata no cérebro humano e permitiu caracterizar como essencial para o processo educativo desde o ponto de vista cognitivo até o desenvolvimento das competências para processá-las, interpretá-las e argumentá-las. A profunda transformação da sociedade demanda dos jovens competências sérias e a informação é do tipo particular.

Ainda assim, a escola homogeneizante, rotineira, descontextualizada, mecânica, fragmentária e repetitiva não corresponde a um mundo social e econômico cada vez mais flexível, global, incerto e mundano. O mundo em que a vida econômica, politica e social se tornou altamente diversa e flexível não corresponde a uma escola que ensina o mesmo a todos e que o faz de maneira tão rotineira. Mais precisamente, a escola atual não corresponde ao mundo atual.

O mundo é flexível, mundano e diverso e a escola continua sendo rotineira, inflexível, descontextualizada e estática. O mundo exige flexibilidade e criatividade para que haja adaptação a uma vida profundamente mundana e a escola assume currículos fixos delimitados desde séculos atrás. Alguns jovens viverão o século XXI formados por professores do século XX, mas com modelos pedagógicos e currículos do século XIX.

Por isso mesmo, nesta nova sociedade, a mudança educativa deve se produzir a nível de atitudes e não só aptidões. Os tempos atuais demandam novas aproximações e novos modos de focar a formação em capital humano.

A escola deve superar o acesso aos recursos tecnológicos, os professores devem adotar e adaptar a tecnologia na gestão, hoje junto da apropriação da informação educativa, o desenvolvimento está construindo cenários onde os estudantes desenvolvam o pensamento crítico sobre o manejo de sistemas complexos, ou melhor dizendo, inovem.

Em diferentes locais do planeta estão se desenvolvendo promissoras ideias que buscam criar pontes a uma educação que responda às necessidades de uma sociedade mundana. Inovar com as TICS de maneira onipresente provoca um aprendizado visível com tecnologia invisível. Na era das redes, a Internet está gerando expectativas quanto a transformar a educação. Não obstante, encontra resistência e inclusive barreiras em muitos círculos da educação formal. Com frequência, é vista como adversária de outras já testadas tecnologias educativas, como o livro. As mensagens de texto com frequência são consideradas como uma deterioração da ortografia e da gramática.

Além disso, aquilo com que interagem as crianças através da Internet não está sujeito ao controle da família, da escola, biblioteca e outras instituições educativas. As crianças a utilizam de maneira mais individualizada, geralmente de forma privativa, o que dificulta aos pais de saberem o que seus filhos veem ou fazem na rede. Tendo em conta estas limitações e preocupações, não é de se estranhar que a Internet tenha conseguido poucas inferências exitosas nas escolas e na educação formal. Pelo contrário, é comum que as escolas limitem o uso da Internet e bloqueiem conteúdos da rede em um esforço de promover objetos educativos mais formais e manter a Internet segura.

A ideia é de uma escola global que utilize Internet e ofereça conteúdos abertos, modelos de ensino entre pares (com grupos relativamente pequenos), programas de não mais de dez semanas e a busca de aprendizados baseados em projetos e com conteúdos que sempre estejam em dia com relação às tecnologias e às demandas do setor industrial.

Palavras-chave: Sociedade do conhecimento, Internet, educação.

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